Achei o máximo a referência que Márcia Frazão fez em seu livro: Revelações de uma Bruxa, sobre o período menstrual. Esse vilão que na adolescência nos incomoda tanto; que no período adulto da mulher é tão desejados para algumas e um tormento para outras, principalmente para as que querem procriar; e dizem que na idade madura é fonte de muito calor, quando esta prestes a nos deixar.
Enfim ele é parte de nós, e depois que li essas linhas confesso que vou encará-lo como um período onde me sentirei mais forte e mais perto da minha natureza de mulher.
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Durante séculos, a mulher aprendeu a considerar sua menstruação algo sujo, que só lhe causa desconforto e altera seu dia-a-dia. Inventou-se um tensão pré-menstrual que descreve a mulher como um espécime à beira de um ataque de nervos.
Por sua vez, as mulheres introjetaram esses padrões e agem nervosamente quando seu período de poder se aproxima. O tempo de preparação para o acolhimento do poder torna-se, assim, ocasião de extremo sofrimento, e a mulher não consegue sequer identificar essa energia, tão afastada está do seu eixo arquetípico.
Houve um tempo em que o poder gerado na menstruação era usado pela mulher para melhor se centrar no mundo em que vivia; não se envergonhava de seu sangramento, considerando-o poderosa fonte de energia. O fluxo menstrual acompanhava o ciclo lunar, sendo o período em que a fêmea preparava seu corpo para o recebimento do grão, tal qual a terra prepara seu solo para o recebimento da semente.
Com o surgimento do pensamento retilíneo, tratou-se de estabelecer estreita ligação entre o fluxo menstrual e o profano: as mulheres sangravam, portanto eram impuras ...
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